O Vila Sul recebeu onze pesquisadores e artistas de seis países diferentes, e transformou Salvador em um laboratório de ideias sobre urbanismo
A icônica Casa Amarela, sede do Goethe-Institut Salvador-Bahia no Corredor da Vitória, é mais do que um espaço de acolhimento cultural, desde 2016, abriga o programa de residência artística Vila Sul, que recebe artistas e pesquisadores de diferentes partes do mundo. Em 2024, o programa contou com a participação de 11 residentes de seis países, transformando Salvador em um laboratório de ideias para repensar os espaços urbanos e levantar a pergunta: “A quem pertencem a cidade?”.
Ao longo do ano, os residentes exploraram a realidade da capital baiana por meio de atividades que relacionaram arquitetura, literatura, música e artes visuais. Divididos em três grupos, que, a cada trimestre, ocuparam a residência, trouxeram perspectivas tão diversas quanto suas origens — Alemanha, África do Sul, Egito, Brasil, Canadá, Cabo Verde e Nigéria — para refletir sobre os desafios de construir cidades mais inclusivas e sustentáveis.
Cada participante tem a liberdade de, durante sua estadia, explorar Salvador e desenvolver projetos de forma independente. Entre os destaques deste ano, tivemos o pesquisador urbano alemão Stephan Lanz, que documentou as diferenças e mudanças urbanas ao longo da Avenida Sete de Setembro em uma exposição fotográfica. A arquiteta cabo-verdiana Patti Anahory mergulhou na vida comunitária da Ilha de Maré, enquanto o cineasta nigeriano Deji Akinpelu participou da mesa ‘turismo e cinema’ do evento Salvador Capital Afro. Já a escritora alemã Paula Hildebrandt apresentou uma leitura performativa de microcontos do livro ‘Welcome City’ (2022), realizada na calçada em frente ao Goethe-Institut.
Leonel Henckes
Diretor de Operações do Programa Vila Sul
A diretora do Goethe-Institut Salvador-Bahia, Friederike Möschel, também destacou a importância do programa para Salvador e para o contexto global. “A Vila Sul é um lugar onde culturas se encontram para repensar e transformar temas de interesse global. No caso de 2024, relacionados às cidades. Salvador, com sua história e riqueza cultural, é o cenário perfeito para essas reflexões, que ultrapassam fronteiras e nos ajudam a imaginar e planejar um futuro mais inclusivo e sustentável” afirmou.
O encerramento da temporada foi celebrado nos dias 25 e 26 de novembro com o Simpósio Internacional Repensando Cidade, que reuniu especialistas convidados e os residentes para discutir o planejamento urbano inclusivo e as heranças culturais que moldam as cidades.
Com os olhos voltados para 2025, o tema da próxima edição do Vila Sul será “Limites Reconhecidos – Meio Ambiente e Sustentabilidade”, levando o debate para este importante tópico que é a crise climática. “Nosso objetivo é ampliar as conexões entre arte e sociedade, sempre colocando os temas globais mais relevantes no centro do debate a partir dessa plataforma de diálogos internacionais que é a residência Vila Sul”, reforçou Henckes.
Fonte: Assessoria de Comunicação
Fotos: Divulgação
