‘Òná Ìrin: Caminho de Ferro’ conduz o público por uma imersão simbólica nas encruzilhadas da diáspora e do sagrado feminino
Chega ao fim nesta quarta-feira (18) a temporada da exposição ‘Òná Ìrin: Caminho de Ferro’, da artista visual baiana Nádia Taquary, em cartaz no Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (MUNCAB), no Centro Histórico de Salvador.
A instalação propõe uma experiência sensorial e simbólica que une ancestralidade, espiritualidade e história. Inspirada nas Ìyàmi Aje, entidades femininas poderosas da cosmologia iorubá — associadas a divindades como Iemanjá, Oxum e Nanã — a mostra atravessa questões como o empoderamento feminino nas sociedades africanas pré-coloniais e o legado das mulheres negras na diáspora.

Trilhos como metáfora da travessia e do destino
No espaço expositivo, linhas de trem percorrem o ambiente como metáfora das rotas da diáspora africana e das encruzilhadas da vida. A narrativa visual é composta por esculturas, joias simbólicas, espelhos, videoinstalações e objetos que fazem referência aos orixás Exu (comunicação) e Ogum (tecnologia e caminho), refletindo a dualidade entre espiritualidade e modernidade.
A exposição também destaca a estética e o protagonismo feminino a partir de elementos como as mulheres-geledés, sereias e figuras aladas, propondo uma reflexão sobre poder, beleza e identidade a partir do corpo da mulher negra.

SERVIÇO
Exposição ‘Òná Ìrin: Caminho de Ferro’
Quando: Até 18 de junho, das 10h às 17h
Onde: Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira
Entrada Gratuita
Fotos: Divulgação