Até a próxima sexta-feira, 3 de janeiro, a sede da Associação Nacional das Baianas de Acarajé, na Praça da Sé, Pelourinho, recebe a exposição Das Águas de Osogbo às Águas Doces e Douradas da Cidade de Salvador: Bordando e Perpetuando Tradições e Memórias Ancestrais Africanas. A mostra destaca o Bordado Barafunda como símbolo da preservação cultural, histórica e religiosa das tradições de matriz africana em Salvador.
O projeto, realizado ao longo de 2024, capacitou 32 mulheres negras de comunidades tradicionais de terreiro, com idades entre 18 e 60 anos, na prática do Bordado Barafunda. A iniciativa promoveu não apenas a preservação dessa técnica ancestral, mas também incentivou a autonomia das participantes, transformando-as em bordadeiras e empreendedoras.


Com idealização de Carla Pita, pedagoga e produtora cultural ligada ao Ilê Axé Ogunjá Omin Inã, e liderança de Luciano Santos Rocha, babálorixá do Ilê Axé Omi Obá Lájô e fundador do ateliê Omí Mòrewá, o projeto teve como objetivo principal perpetuar as indumentárias litúrgicas das religiões afro-brasileiras.
As aulas práticas foram conduzidas pela bordadeira Rosimeire de Oxum, com produção de Flavia Barbosa. A mostra, que une arte e memória, é uma oportunidade de conhecer o resultado desse trabalho que resgata e valoriza as tradições africanas em Salvador. A visitação está aberta ao público na sede da Associação Nacional das Baianas de Acarajé, localizada próximo ao Monumento da Cruz Caída, no coração do Pelourinho.
Serviço: Exposição de Bordado Barafunda
Onde: ABAM (R. do Açouguinho, 8 - Pelourinho)
Quando: Até 3 de janeiro de 2025
Fotos: Divulgação