A vacinação representa uma importante ferramenta de promoção da saúde pública e individual. Ao prevenir doenças reduzimos sofrimento, mortes, hospitalizações e promovemos qualidade de vida. O atleta profissional é inserido entre as categorias que requerem atenção especial, uma vez que vários estudos têm demonstrado alguns riscos de doenças infectocontagiosas associados à prática esportiva.

Parece difícil pensar que, a despeito da forma física, de hábitos de vida saudáveis e rigorosos controles médicos a que são submetidos, os atletas profissionais possam apresentar risco mais elevado de doenças infecciosas. Mas há períodos na vida dos esportistas, sobretudo aqueles que praticam atividades de alta performance, em que o sistema imunológico sofre alterações com a diminuição transitória da resposta imune.
Vale destacar que os atletas de baixa performance também estão expostos a infecções, independentemente de seu “status imunológico”.

Outros agravantes do risco do atleta são os deslocamentos: atletas costumam viajar com frequência, estando sujeitos a surtos e epidemias nos locais de competição. Comumente, ficam instalados em alojamentos compartilhados, estão sujeitos à alimentação diferente da habitual. E, a depender da modalidade de atuação, encontram-se mais expostos a sangue e/ou secreções de outras pessoas. São muitas as situações a serem analisadas pelo médico do esporte, assim como são amplas as repercussões positivas da inserção bem planejada das vacinas no cotidiano dos atletas.

Por Daniela Lima, pediatra especializada em patologia clínica e diretora do Laboratório LPC