Na última quinta-feira (18), o multifacetado Chico Bosco apresentou ao público seu mais recente livro, “Meia Palavra Basta”, em um evento marcado por reflexões sobre literatura e suas inspirações. A obra, que já desperta curiosidade entre os leitores, foi lançada na Livraria LDM do Vitória Boulevard, seguida de uma animada sessão de autógrafos. Editado pela Record, o livro é uma coletânea de aforismos, textos curtos sobre temas do cotidiano e do universo do ensaísta.
Durante uma entrevista exclusiva para a Revista Viver Vitória, Chico compartilhou suas perspectivas sobre o novo livro e sobre seu formato. “Então, o livro é composto de forma breves ou brevíssimas, que são aforismas, máximas ou fragmentos, são textos, portanto, muito curtos. Mas esse tipo de forma, na tradição literária, ele tem diversos registros, ele tem tantos registros mais filosóficos, assim, sérios, ligados a autores como Nietzsche, Cioran, Karl Kraus, como registros mais perto do humor, como entre nós no Brasil o Milor Fernandes,” afirmou o escritor.
“Esse livro faz o que o pessoal da moda chama de ‘high-low’, ele vai tanto nos registros mais altos, assim, da filosofia, quanto nos registros mais superficiais do humor. Então, acho que o leitor pode esperar, assim, um livro que tenha essa multiplicidade.” completou.
Ao ser perguntado sobre o que o leitor pode esperar da obra, ele enfatizou a abordagem do cotidiano. “Acho que um livro que propõe uma experiência de prazer associado à inteligência. Diferentemente dos meus livros anteriores, os dois últimos, que eram livros mais voltados à política. Esse é um livro mais voltado a questões cotidianas. E tudo feito com um certo apuro formal que aproxima esse livro mais da poesia, eu diria, do que de gêneros teóricos,” destacou o autor.
Ao buscar uma definição para o livro, o autor lembrou do termo utilizado na epígrafe da obra. “Eu acho que uma boa definição dele é que está na epígrafe. Que é chato dizer tudo. Coisas o suficiente para que elas se propaguem na cabeça do leitor. A leitura quem diz o resto.”
Lendo Chico Bosco
Como estratégia de divulgação do livro, alguns dos aforismos foram lidos e postados nas redes sociais por formadores de opinião. Nomes como o professor e escritor baiano Wilson Gomes, os jornalistas Pedro Bial e Andréia Sadi, a atriz Adriana Esteves e o cantor Russo Passapusso participaram da trend, aumentando a curiosidade e expectativa dos leitores com a obra.
“Sim, foi minha ideia. Surgiu porque eu considero que esse livro, meia palavra basta, não é um livro que se pretende a discussões públicas. Diferentemente dos meus outros livros, de novo, eu não estou fazendo nele argumentos que se propõem entrar no debate público e convencer as pessoas de que determinados caminhos sociais, culturais ou políticos são melhores. Não é nada disso. Eu faço pequenas reflexões que cada eleitor vai acolher da forma como quiser”.
“Então eu pensei que a melhor maneira de apresentar esse livro não seria por meio de entrevistas ou de debates, porque não é um livro que tem essa vocação, porque a melhor maneira de apresentá-lo seria lendo os seus próprios textos. E aí chamei pessoas que são minhas, conhecidas ou amigas e também conhecidas do público para interpretar esses textos,” completou Chico.
SERVIÇO
Lançamento do livro “Meia palavra basta”
Endereço: Livraria LDM do Vitória Boulevard
Instagram: @livrarialdm