Após anos de perda de protagonismo, o Circuito Osmar (Campo Grande) retomou sua relevância no Carnaval de Salvador 2025. Antes da pandemia, moradores e foliões percebiam a diminuição da força desse percurso histórico, que já foi o principal palco da folia baiana. No entanto, neste ano, a mobilização da Prefeitura de Salvador trouxe grandes atrações para revitalizar o circuito e resgatar sua grandiosidade.
O esforço para revitalizar o Campo Grande rendeu frutos. Pela primeira vez em 20 anos, o número de foliões na quinta-feira de Carnaval superou o do Circuito Dodô (Barra/Ondina) no primeiro dia oficial da festa, reforçando a força do percurso tradicional.
Isso tudo graças a uma decisão acertada que tivemos de realizar a abertura do Carnaval aqui no Centro. No dia em que celebramos os 40 anos da Axé Music, nós vimos aqui Carlinhos Brown, Daniela Mercury, Psirico, Xanddy, Margareth… tantos nomes responsáveis por este ritmo contagiante e isso mobilizou muita gente. Os números estão apontando.
Bruno Reis, Prefeito de Salvador
A celebração dos 40 anos do Axé Music marcou um Carnaval especial para a cidade. A festa começou na quinta-feira (27) com uma cerimônia de abertura simbólica, na qual o prefeito Bruno Reis entregou a chave da cidade ao Rei Momo, Hudson Marcello. O evento contou com a batida inconfundível dos tambores do Olodum, seguidos de uma performance emocionante de Carlinhos Brown, que abriu o espetáculo com a ópera O Guarani, de Carlos Gomes.
Além da abertura marcante, o circuito recebeu grandes nomes da música baiana, como Ivete Sangalo, Leo Santana, Tatau, Margareth Menezes, Daniela Mercury, Durval Lelys, Saulo Fernandes na tradicional “Pipoca de Saulo” e BaianaSystem, que garantiram shows inesquecíveis ao longo da festa.
Nos últimos anos, buscamos levar a abertura para locais diferentes. Em 2023, foi no Farol da Barra; no ano passado, na Praça Castro Alves. Agora, escolhemos o Campo Grande justamente para valorizar ainda mais o Carnaval do Centro.
Isaac Edington, presidente da Saltur
Outro destaque foi o retorno de Durval Lelys, que não se apresentava no circuito há 20 anos. O cantor, ícone do Asa de Águia, voltou a arrastar multidões pelas ruas do Centro Histórico. Daniela Mercury também marcou presença e reafirmou sua ligação com o local, que sempre teve papel fundamental em sua trajetória.
