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“Brazyl – Uma Ópera Tragicrônica” de Walter Lima estreia em novembro

No próximo dia 14 de novembro, chega aos cinemas o novo longa-metragem do cineasta baiano José Walter Lima, Brazyl – Uma Ópera Tragicrônica, uma obra cinematográfica que mistura elementos do teatro e do cinema para criar uma crítica pungente à história social e política do Brasil. Descrito pelo próprio diretor como um “filme-manifesto“, o longa se propõe a trazer um olhar cortante e ácido sobre os eventos que moldaram a nação desde a década de 1930 até os dias atuais, pontuando momentos chave como o golpe militar de 1964 e o processo de redemocratização.

Com uma estética experimental e narrativa fragmentada, Brazyl faz eco ao conceito de antropofagia de Oswald de Andrade, trazendo ao público uma reflexão crítica e quase delirante sobre a influência da elite e do capital estrangeiro no país. O filme explora episódios marcantes da história nacional de forma não linear, transformando-se em uma “jogralesca política” que repensa as raízes e a contemporaneidade do Brasil.

[O filme] mescla da linguagem ficcional, teatral e cinematográfica. Reflete parte da nossa realidade social e política, refazendo e pontuando episódios importantes desde a década de 30 do século XX até os dias atuais, num caminho que compreende a interrupção da democracia sob a ditadura militar até o processo de redemocratização do país.

JOSÉ WALTER LIMA
Diretor

Trama e Conceito: Um mergulho profundo nas contradições brasileiras

A trama mistura ficção e realidade ao mesmo tempo em que revisita aspectos culturais e sociais da nação com tons de sátira e sarcasmo. Segundo Lima, Brazyl é uma ópera viva, fragmentada, onde o público é convidado a enfrentar uma realidade crua, desprovida de filtros. Para ele, o longa representa um manifesto épico, recheado de humor ácido e de uma crítica inclemente ao cenário de corrupção e violência no país.

O filme é baseado em sua peça Brazyl: Poema Anarco-Tropicalista, anteriormente encenada no Teatro Oficina, em São Paulo, e segue o estilo “marginal” da chamada “Boca do Lixo“, popular no cinema nacional, unindo experimentalismo com uma abordagem autoral. Em Brazyl, a narrativa não se limita aos fatos históricos: ela utiliza de cortes e suturas para expor as feridas ainda abertas da sociedade brasileira.

Produzido com uma estética visual impactante e enérgica, o filme conta com uma direção que mistura o tom radiofônico e o cabaré político, dando voz a um Brasil em estilhaços. “Brazyl – Uma Ópera Tragicrônica” promete uma experiência imersiva para o público, fazendo uso de cenas que Lima descreve como “fragmentos nucleares sobre o império da corrupção e da bala perdida“. A expectativa é de uma recepção intensa por parte dos espectadores, em uma narrativa onde o grotesco e o sublime se misturam para compor um retrato incomum e explosivo da sociedade brasileira.

Prepare-se para o inesperado: José Walter Lima avisa que Brazyl é “um impactante tapa na cara da República dos Canalhas“. Com esse longa, o cineasta oferece não apenas uma nova obra, mas uma provocação para o público refletir sobre a essência de uma nação construída entre o luxo desmedido e o caos da degradação social.

BRAZYL, UMA ÓPERA TRAGICRÔNICA
Direção:
José Walter Lima
Duração: 96min
Elenco: Clara Paixão, Clovys Torres, Lucas Valadares, Rosana Judkowitch, Vanessa Carvalho e Wagner Vaz

Fonte: Assessoria de Comunicação
Fotos: Divulgação

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