A edição 2025 da Bienal de Arquitetura de Veneza, em cartaz até 23 de novembro, explora alternativas sustentáveis para o futuro das construções frente à crise climática global. Com curadoria do arquiteto e engenheiro Carlo Ratti, a mostra foi intitulada “Intelligens. Natural. Artificial. Collective”, destacando que as soluções devem unir natureza, tecnologia e cultura.


Destaques da exposição:
- Instalações impactantes, como a sala de entrada com ar quente e tanques d’água reflexivos, provocam reflexões sobre a responsabilidade humana no aquecimento global.
- Materiais alternativos como couro de cogumelo e concreto feito de conchas de ostras propõem substituições mais sustentáveis aos materiais tradicionais.
- Obras tecnológicas, como a teia de linho tricotada por robôs (obra Necto), exemplificam inovações para reduzir resíduos na construção civil.
- Interação entre robôs e artesãos, com entalhadores do Butão trabalhando ao lado de robôs dançantes e tamborilantes, une tradição e inovação.
- Projetos espaciais, como a estufa Space Garden, visam pesquisas agrícolas fora da Terra.


Pavilhões Nacionais:
- Bahrein venceu com o projeto Heatwave, que resgata técnicas antigas de resfriamento, como torres de vento.
- Brasil apresentou uma cartografia de descobertas arqueológicas na Amazônia, mostrando que a floresta é também um produto da ação humana ancestral. A instalação destaca equilíbrio entre natureza e intervenção humana, com curadoria do grupo Plano Coletivo.
A Bienal propõe uma arquitetura que reflita o equilíbrio entre o natural e o artificial, engajando ciência, design e consciência ambiental como caminhos para um futuro viável.


Fotos: Divulgação