Afetando majoritariamente as mulheres, o melasma pode gerar um grande desconforto estético com manchas de padrão bilateral na pele do rosto. Como é uma doença crônica, condição precisa ser tratada com ajuda médica
Após sua eliminação do Big Brother Brasil 25, a participante Vilma Nascimento revelou, em entrevista ao Gshow, que realizou um procedimento para clarear as manchas do melasma antes de entrar no programa. “Me incomoda demais”, disse a sister sobre a condição.E, assim como Vilma, uma em cada três mulheres no Brasil sofrem com o melasma, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Essa hiperpigmentação adquirida principalmente na face é uma dermatose caracterizada por manchas escuras ou acastanhadas. Não há uma causa definida do problema, mas muitas vezes a condição está relacionada ao uso de anticoncepcionais femininos, à gravidez e principalmente à exposição solar. Também sabemos que a predisposição genética e o histórico familiar influenciam no surgimento desta condição, bem como as exposições solares prolongadas e doenças da tireoide.
Dra. Claudia Marçal
Dermatologista
Por essas características, o melasma afeta majoritariamente as mulheres.
A médica explica que a principal forma de prevenção é o uso de fotoprotetores de amplo espectro, com ativos que façam uma blindagem contra os raios ultravioleta e o calor. “A questão da fotoproteção é indispensável para estabilizar os benefícios dos tratamentos. O uso de fotoprotetores com no mínimo FPS 30 para rosto e corpo (nas áreas mais expostas) deve ser diário e esse produto deve conter ativos como dióxido de titânio e óxido de zinco, que formem uma proteção física, como uma verdadeira barreira de tijolos, para que haja refletância dos raios ultravioletas. A reaplicação do filtro solar deve ser feita a cada três horas em ambientes fechados e a cada duas horas em exposição solar direta”, explica a dermatologista.
Para tratar o melasma em consultório, uma novidade é o laser de picossegundos, que age como
peça-chave para reduzir as manchas escuras do melasma.
Veja abaixo algumas novidades em tecnologias, protocolos e injetáveis:
QUADRI PICO: Esse laser produz efeito fotoacústico puro (picossegundos). “O laser de nanossegundos não é puro, ele é fototérmico e fotoacústico. Por isso, ele ficou obsoleto no tratamento das manchas, já que, com ele, há um maior risco de produzir uma reação inflamatória pelo calor gerado na pele, o que pode piorar as manchas”, explica o dermatologista Dr. Abdo Salomão Jr., membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
O Quadri Pico exerce esse efeito fotoacústico no melasma e seu mecanismo de ação se dá ao podar os dendritos dos melanócitos, ou seja, ele age nesse prolongamento das células para interromper a transferência de melanócitos (células produtoras de melanina) para os queratinócitos (células superficiais da pele). Com isso, ele faz com que o tratamento seja mais duradouro.
Outro diferencial é a tecnologia “pulse-to-pulse (PTP)”, segundo o médico. “Essa é uma forma de emissão da energia repartida em dois pulsos. É uma estratégia de entrega com o objetivo de aumentar a performance sem aumentar os efeitos colaterais”, explica o Dr. Abdo. No melasma, são indicadas quatro sessões com intervalos de 15 dias entre elas.
MELASMA CHRONOS: O protocolo criado pelo dermatologista Dr. Renato Soriani, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e expert em tecnologias dermatológicas, traz a associação de poderosos equipamentos e tratamentos, como Hydrafacial, PicoLO, Peelings, Futera Dots e Tratamento Domiciliar.
A primeira etapa é realizada com o Hydrafacial que remove células mortas e sujidades, ao mesmo tempo em que infunde na pele uma solução de ácido salicílico e ácido glicólico, em um procedimento sem dor. Na segunda sessão, utilizamos o Futera, uma radiofrequência multifracionada para abrir canais na pele, com posterior aplicação de fármacos com ação anti-inflamatória e clareadora. Na terceira etapa, utilizamos peelings específicos para o melasma alternados com o laser de picossegundos, que promove uma microfragmentação nas manchas, para que as células consumam e eliminem o pigmento.
Por fim, o paciente recebe a prescrição de um tratamento domiciliar personalizado que ajudará no controle das manchas.
LASER COM DRUG DELIVERY: Uma das opções disponíveis hoje para o tratamento do melasma é associar o uso de lasers com o drug delivery (aplicação de fármacos imediatamente após o laser aproveitando os canais de entrada que a tecnologia faz na pele), segundo a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Os lasers utilizados são o Q-Switched do Spectra XT em associação ao laser Thulium 1927nm.
Nesse tratamento, o Spectra XT atua exatamente nos melanócitos, emitindo um laser que é absorvido por essas células que dão origem às manchas para promover o clareamento. O laser Thulium age mais superficialmente uniformizando o tom, mas também tornando a pele mais viçosa. Logo em seguida, utilizamos fármacos clareadores para potencializar a ação dos lasers. A melhora da aparência da pele não é visível imediatamente, pois, após o procedimento, é comum o surgimento de leve vermelhidão e ressecamento na área tratada.
O número de sessões varia de acordo com a gravidade das hiperpigmentações, segundo a Dra. Paola.
Por fim, uma estratégia para potencializar o tratamento do melasma é usar nutracêuticos com ação anti-inflamatória. O uso da substância ainda evita o que é conhecido como hiperpigmentação pós-inflamatória.
O melasma é uma doença inflamatória e o FC. Oral, fosfolipídeo de origem marinha rico em ácidos graxos poli-insaturados (PUFA) ômega 3 (DHA e EPA), Astaxantina e vitamina E, atua modulando o sebócito (células das glândulas sebáceas responsáveis pela produção de sebo), nova rota relacionada ao surgimento do melasma, com ação anti-inflamatória, como também irá promover uma proteção da membrana celular. A presença da astaxantina e vitamina E em sua constituição conferem ainda ação antioxidante melhorando a homeostase cutânea, protegendo tanto o interior como a superfície das membranas fosfolipídicas presentes em nossa pele contra o estresse oxidativo, fortalecendo e reparando danos gerados pelos radicais livres.
Patrícia França
Farmacêutica
Gerente Científica – Biotec Dermocosméticos
Os especialistas ainda reforçam que o uso de dermocosméticos é fundamental e devem ser utilizados ativos que continuam o processo de clareamento, diminuem a inflamação e atuam como fotoprotetores.
Fonte: Assessoria de Comunicação
Fotos: Divulgação/Banco de Imagens